Biografia Banda Rotor

09/07/2017

Publicado na revista ETHOS, ano 01, edição nº6.

Nas engrenagens do sucesso, Rotor girou e irradiou o rock'n'roll do interior paulista. Com sua bagagem pesada cheia de histórias e talento, caminharam em trilhas árduas que os levaram às grandes emissoras de rádio e TV. Ultrapassando fronteiras, deixaram seu rastro nos Estados Unidos, lançaram um CD com cara de "gringo" e estão prontos para difundirem ainda mais o seu som.

Rotor - Essa banda barra-bonitense teve como integrantes da sua primeira formação Gui Mucare (Voz / Guitarra), Bruno Brau (teclado/trombone), Flávio Horse (Baixo), Eli Maciel (Bateria), Douglas Rocha e Jé Black (percussões e guitarra). Em 2003, gravaram o seu primeiro álbum independente. Percorreram a "selva de pedra" e, em 2006, lançaram um CD pela EMI Music.

Fundada em 2003, a banda teve como integrantes da sua primeira formação Gui Mucare (Voz / Guitarra), Bruno Brau (teclado/trombone), Flávio Horse(Baixo), Eli Maciel (Bateria), Douglas Rocha e Jé Black (percussões e guitarra). Neste mesmo ano, gravaram o seu primeiro álbum independente.

Nos anos seguintes, Rotor fez jus ao nome. Em movimento, os rapazes levaram o rock'n roll para os portões de várias faculdades de São Paulo. O inovado projeto titulado "Na Frente das Facus" garantiu o circuito universitário da capital paulista, tendo grande repercussão de público e mídia, como no Jornal Hoje, da Rede Globo.

Com uma Kombi branca e barulhenta, os meninos estacionavam na frente das faculdades e descarregavam a parafernália. Logo tomavam conta da calçada e, entre 20 e 30 minutos, já estavam prontos para tocar. Entre covers dos grandes como Titãs e Capital Inicial, a banda tocava músicas de sua autoria.

"Por Quê os Leões do Circo não se Revoltam" foi lançado em 2006 pela EMI Music. Os singles "Num Dia Ele Acordou" e "Meu Controle Ausente" foram executados em rádios de todo o país, com destaque para ambos os clipes nos canais MTV e Multishow, além de entrevistas nos programas do Jô, MTV Cazé, Record, Band, etc.

Neste segundo disco, os instrumentos ressoaram timbres mais crus e orgânicos. As novas características sonoras fizeram com que três integrantes saíssem, ficando assim com Gui Mucare (Voz / Guitarra), Bruno Brau (teclado/trombone), Flávio Horse(Baixo) e Eli Maciel (Bateria), que excursionaram durante dois anos para a divulgação do álbum.

Devido à reformulação na política internacional da gravadora Emi Music e também a projetos pessoais dos integrantes, a banda se manteve fora dos palcos por dois anos. Decidiram voltar em 2009, onde os compositores Gui e Brau convidaram Claudio Mattioli para ostentar o posto de vocalista da Rotor, na intenção de mudar o estilo da banda.

Claudio Mattioli já havia tocado ao lado de Gui Mucare antes, e na época em que foi chamado estava morando - já há 9 anos - nos EUA (Nova York e Los Angeles), onde participou de trabalhos com as bandas Yours, Citizen Fury e Spectrasonics. O cantor aceitou o convite do velho amigo e voltou para o Brasil como mais novo integrante da banda.

Ainda em rotação, o grupo passou por mais mudanças. O tecladista Brau se afastou dos palcos para se dedicar a novos projetos (FunStation, BandUP!) e Flávio Horse, a procura de novos horizontes, também se ausentou. Mas nada de desfalque. Tecladista nato, Gui tomou conta dos teclados - além de se manter na guitarra - e Claudio se apossou do contrabaixo. Juntos, começaram a grande parceria de produzirem o material para o mais um CD.

Mas como o rock'n roll de qualidade se mostrará sem um guitarrista? Problema resolvido quando encontraram o prodígio Hank Pestana, que inseriu na banda a juventude, adrenalina e energia que faltava. Com a nova formação completa, ensaios árduos e investimento em equipamentos pesados, Rotor pega a estrada.

Qual é a distância?

Brasil e Estados Unidos nunca estiveram tão próximos. A dupla nacionalidade do cantor Claudio Mattioli induziu à gravação do novo disco em dois idiomas (inglês e português). O trabalho intitulado "What is the distance?" foi lançado no fim de 2012. Parte das cópias do novo álbum foi para Nova York, nos EUA, onde Rotor fez uma pequena tour promocional, obtendo grande aceitação de público e crítica.

Rotor excursionou durante dez dias, tocando nas casas noturnas de Nova York Danny and Eddies - Manhattan; Trash Bar - Williamsburg, Brooklyn e Daly's Irish Pub - Astoria, no Queens. A média de idade do público de 21 a 45 anos, sendo proibida a entrada de menores de 21.

As ondas sonoras tendem a ocupar o maior espaço possível dentro da sua frequência, buscando assim ultrapassar barreiras. Dominar a língua inglesa abre o leque para que a música chegue aos mais diferentes cantos do mundo. O inglês se tornou ferramenta de sobrevivência e integração global. O aprendizado do inglês abre as portas para o desenvolvimento pessoal, profissional e cultural.

Claudio Mattioli soube, desde cedo, a importância que o inglês teria em sua vida. A experiência de viver nove anos nos Estados Unidos foi excepcional, segundo Claudio. "Cresci muito como pessoa e me encontrei musicalmente. Encontrei meu caminho como compositor e adquiri grande experiência em estúdios e produtoras."


Cantos e Contos

Levando em conta as histórias que a banda carrega na bagagem e o carisma que os integrantes possuem, decidi ouvir além dos palcos e dos bastidores. Na trilha sonora, e da vida, Rotor passou pelos olhos e ouvidos de muitos.

No álbum "Por Quê os Leões do Circo não se Revoltam", gravado pela EMI Music em 2006, o clip do single "Num Dia Ele Acordou" contou com um protagonista de peso. O artista barra-bonitense Wander Bêh contou sobre essa, dentre tantas outras experiências vividas com os rapazes, enquanto davam os primeiros passos.

"Naquele tempo, entre os anos de 2003 e 2005, existia uma proximidade grande entre a gente - entre a minha primeira e querida banda autoral, Gritos e Sussurros, e a banda Rotor. Era corriqueiro os nossos encontros aqui - interior de SP - ou em 'Sampa' (São Paulo - Capital). Me lembro, com gosto, de uma manhã em que por acaso nos 'trombamos' na Avenida Paulista, às 6h da manhã. Cada banda tinha concluído o seu show, todos rindo muito no clima da terra da garoa e curtindo a vivacidade da 'caipirada' fazendo uma 'cena' na capital. Era bonito.

O convite para o clipe surgiu bem naturalmente. A ideia inicial da letra de 'Num Dia Ele Acordou' surgiu durante um papo em que eu, o Mathers (Matheus Grava) e o Brau falávamos sobre as possibilidades das desventuras da vida como, por exemplo, um esbarrar do dedinho do pé no pé da cama, logo ao acordar, pode fazer a pessoa olhar para esse momento como uma chance de fazer diferente. Acho que o Brau não deve se lembrar disso (risos).

As gravações foram exaustivas, pois, além de eu não ser um maratonista, encarei uma balada na véspera das gravações oficiais do clipe - para loucura do Gui Mucare. E, falando sobre o Gui, eu gostaria de encerrar esse depoimento deixando claro o carinho especial que tenho por ele que, com o tempo e trabalhos bonitos que fizemos juntos, se mostrou uma pessoa muito especial. Sou fã do Gui Mucare artista, do Gui Mucare 'gente' e do Gui Mucare pai de uma família linda."

E ainda no clima de revirar o baú, o músico Matheus Grava lembra que "O mais 'massa' de quando começaram foi 'a coisa' de darem importância às músicas próprias. Também me lembro do fato de que o Horse, o Brau, o Eli e o Gui sempre foram absurdamente carismáticos. É um carisma que vem desde antes da Rotor, em si. Suas bandas anteriores eram muito queridas, como o Abuse Use, Bam da Banda e Batuque Pop".

Já Rosana Fracaroli, filha de Zildeth Fracaroli, lembra-se do tempo que sua mãe lecionava inglês para Claudio Mattioli. Por telefone, Rosana comentou, aos risos, que Claudio era bagunceiro, mas logo se justificou dizendo que a facilidade em aprender a nova língua era tanta que as aulas se tornavam chatas para ele.

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